Olá novamente,
Devem estar a achar estranho esta publicação pois, anteriormente já me tinha despedido, mas esta serve apenas para vos informar que o blog vai manter-se sem atividade, até ao final do mês de Fevereiro.
Isto porque agora irá decorrer a avaliação do blog no que diz respeito ao Estágio nas Unidades de Saúde Pública de Alcácer do Sal e de Santiago do Cacém, pois como referi no início este serve como ferramenta de avaliação do III Estágio Curricular, e para que a avaliação acontecer não poderá existir novas publicações, por agora.
Mas não fiquem tristes, no final do mês de Fevereiro volto com novos temas, sim porque irei dar seguimento ao blog no meu IV Estágio Curricular, desta vez em outro local, mas por enquanto é segredo.. :)
Obrigada ao seguidores do blog.
Até já :)
7 de dezembro de 2013
29 de novembro de 2013
Fim desta etapa.. Que vai deixar muitas saudades..
Esta será a minha
última publicação como estagiária de Saúde ambiental nas Unidades de Saúde
Pública de Alcácer do Sal e de Santiago do Cacém…
Bem esta semana foi
um pouco como um regresso às origens, estranho não é?! Mas vou explicar, esta
semana passei a maioria do tempo no meu primeiro local de estágio- Unidade de
Saúde Pública de Alcácer do Sal. Devem-se perguntar o porquê desta “alteração”,
certo?!
Mas é simples,
esta semana a Drª Tamara a Médica de Saúde Pública que se encontra na Unidade
de Saúde Pública de Alcácer do Sal pediu à minha orientadora a TSA Rosa Calado
se me “emprestava” á sua unidade, pois iria te algumas atividades interessantes
que poderia acrescentar ao meu estágio, como a minha orientadora esta semana
também teve uma semana complicada com uma Formação relacionada com o projeto
ECO.AP em Évora, para eu não ficar parada, desloquei-me então até Alcácer do
Sal durante três dias, três dias cheiooos de trabalho, mas que souberam muito
bem.
A semana começou
ainda com a ida até ao Hospital do Litoral Alentejano pra o 2º dia da formação
sobre Controlo de Infeção que tinha iniciado na sexta-feira passada.
Terça, quarta e quinta-feira encontrei-me no Cento de Saúde
de Alcácer do Sal onde tive algumas atividades, tais como:
- Avaliação de projetos;
- Vistoria para verificar queixa de insalubridade;
- Vistoria para confirmação se um Sistema de Água de Consumo Humano privado já se encontrava desativado para utilização num Estabelecimento de Restauração e Bebidas;
- Vitoria a 5 Sistemas de Abastecimento de água do concelho de Alcácer do sal Assim que entrei no Centro de Saúde deparei-me com o último placar que elaborei durante o estágio em Alcácer do Sal relativo ao Dia Mundial da Diabetes, o que me deixou bastante contente, confesso.
Foi uma semana MUITO
agitada, e terminou em Santiago do Cacém também com uma das atividades que desde
o início do estágio tinha pedido ao Drº Joaquín Toro (Médico de Saúde Pública e
Médico Legista) assistir a uma autópsia, não foi bem o que esperava, pois
infelizmente foi uma vítima de atropelamento por um comboio e o corpo
encontrava-se em bastante mau estado, não permitindo sequer identificar algumas
partes do mesmo e para terminar esta aventura rumámos até uma pedreira para
proceder-mos a uma vitoria conjunta para o seu licenciamento.
Desta forma acaba
o meu III Estágio, comecei no Centro de Saúde de Alcácer onde fui muito bem
recebida, e onde tive grandes “professoras” a TSA Inês Lopes e a Drª Tamara
Prokopenko e não poderei deixar de referir também a Enfª Cristina Caixas
(Responsável pela Saúde escolar, e que muito trabalha em parceria connosco) que
me ensinaram muito e fizeram nascer ou talvez “aparecer” bichinho que estava
escondido, fizeram-me perceber em que consiste o trabalho de um Técnico de
Saúde Ambiental numa Unidade de Saúde Pública e fizeram com que cada dia que ia
passando tivesse mais interesse e gosto em aprender, muito tenho a agradecer
também á TSA Rosa Calado e ao Drº Joaquin Toro que me receberam a três semanas
de terminar o meu estágio e apesar do pouco tempo que passei com eles, também
muito me ensinaram e receberam-me muito bem, gostei muito desta experiência e
só guardo boas experiências, ao longo do estágio puder observar quais as
dificuldades dos profissionais de saúde para desenvolverem corretamente o seu
trabalho, pois quando é necessário meios logísticos nem sempre os mesmo existem
para que o trabalho seja desenvolvido corretamente.
Existiram
experiências que sem dúvida marcaram e que irei sempre recordar, pois
mostraram-me uma realidade que desconhecia. A todos só tenho a agradecer todo o
carinho, dedicação e trabalho que tiveram comigo.
UM MUITO OBRIGADA às
duas TSA que me acompanharam nesta minha experiência (Inês Lopes e Rosa Calado),
sem vocês não teria aprendido tanto e nem chegaria ao fim com a vontade de
continuar e fazer mais ainda do que fiz.
Muito obrigada a
todos incluindo todos os funcionários do Centro de Saúde de Alcácer do Sal e da
Unidade de Saúde de Santiago do Cacém que me receberam como se já fosse da
“casa”e como não poderia deixar de ser também aos leitores do blog que me
seguiram ao longo destas oito semanas.
Não é um adeus, mas sem dúvida um até já *
Deixo-vos algumas imagens de atividades e locais por onde passei durante o estágio.
Lembrança para as crianças do Dia Mundial da Alimentação |
Praia da Comporta |
Caís Palafítico da Carrasqueira |
Placar alusiva à Semana do Aleitamento Materno |
Captura de Mosquitos |
Placar alusivo ao Dia Mundial da Alimentação |
Placa alusivo ao Dia Mundial da Diabetes |
Formação Controlo de Infeção |
Doenças de declaração obrigatória – Sabe o que são?! Quais são?! Então irei falar um pouco sobre este tema…
Doenças de declaração obrigatória, o que
são?
As doenças infeciosas podem constar num perigo para a
comunidade. Quando o médico, quando tem conhecimento da ocorrência de uma
dessas doenças, designadas por doenças de declaração obrigatória, deve
preencher o Boletim de Declaração Obrigatória. O objetivo deste
procedimento é diminuir o risco de contágio dessas doenças.
Se for o caso de as doenças puderem se propagar e
criar um surgimento a nível nacional ou têm um tempo útil diminuto para a
tomada de medidas preventivas eficazes (como as doenças de transmissão
alimentar), o médico deve avisar a Autoridade de Saúde através do meio mais
rápido possível. Imediatamente, a Autoridade de Saúde local implementa ou
verifica as medidas necessárias para evitar o risco de contágio subsequente.
Na maioria dos casos as medidas de prevenção para
serem colocadas em prática é necessário a cooperação de algumas entidades para
que as mesmas sejas bem sucedidas.
Quais são as Doenças de Declaração Obrigatória?
- Botulismo
- Brucelose
- Carbúnculo
- Cólera
- Difteria
- Doença
de Creutzfeld-Jacob
- Doença
de Hansen (Lepra)
- Doença
de Lyme
- Doença
dos legionários
- Equinococose
- Febre
amarela
- Febre
escaronodular
- Febre Q
- Febre
tifóide e paratifóide
- Outras
salmoneloses
- Hepatite
aguda A
- Hepatite
aguda B
- Hepatite
aguda C
- Hepatite
viral não especificada
- Outras
hepatites virais agudas especificadas
- Infecções
gonocócicas
- Infecção
por VIH
- Leishmaníase
visceral
- Leptospirose
- Malária
- Meningite
meningocócica
- Infecção
meningicócica (exclui meningite)
- Meningite
por Haemophilus influenza
- Infecção
por Haemophilus influenza (exclui meningite)
- Parotidite
epidémica
- Peste
- Poliomielite
aguda
- Raiva
- Rubéola
(exclui R. congénita)
- Rubéola
congénita
- Sarampo
- Shigelose
- Sífilis
congénita
- Sífilis
precoce
- Tétano
(exclui t. neonatal)
- Tétano
neonatal
- Tosse
convulsa
- Triquiníase
- Tuberculose
do sistema nervoso
- Tuberculose
miliar
- Tuberculose
respiratória
O que é o sistema de
Declaração Obrigatória de Doenças Transmissíveis e em que consiste:
“O Sistema de Declaração Obrigatória de
Doenças Transmissíveis (DDO) é um sistema de informação para a vigilância de um
conjunto de doenças infeciosas. Qualquer médico que diagnostique um caso
(suspeito, provável ou confirmado) ou um óbito por uma doença transmissível de
declaração obrigatória deve notificá-la à autoridade de saúde da
área de residência do doente.”
“Este sistema de vigilância
epidemiológica possibilita a identificação prematura e a interferência
para o controlo destas doenças, nos locais onde ocorrem. A comunicação dos
casos ao nível regional e nacional, pela autoridade de
saúde, vai permitir a intervenção preventiva com outra abrangência
geográfica ao detetar outros casos e ou surtos relacionados, e ainda a
determinação de tendências nacionais ou locais, e a avaliação do impacto de
programas de saúde pública.”~
O que acontece quando existe a
notificação de uma doença de declaração obrigatória?
“É posto em ação, de imediato, um plano de controlo
epidemiológico, a fim de reduzir os riscos de contágio na comunidade.”
Controlo epidemiológico
Consiste na “luta” contra a infeção e varia de acordo
com o reservatório e a existência ou não de vacinação eficaz para a doença infeciosa
notificada.
- “Caso o
reservatório seja exclusivamente humano e não exista vacinação eficaz, o
tratamento epidemiológico baseia-se no tratamento precoce do doente e na
deteção e tratamento precoces dos seus contactos infetados, de maneira a
eliminar as oportunidades de contágio. É o que se passa com, por exemplo,
a tuberculose;
- Caso o
reservatório seja exclusivamente humano e exista vacinação eficaz, o
tratamento epidemiológico baseia-se na vacinação, sendo possível esperar,
no futuro, a erradicação planetária da doença. Por exemplo, a varíola;
- Caso o
reservatório seja ambiental ou animal, o controlo é feito através de
medidas de imunização e de higiene ou segregação homem/ambiente. A
erradicação é impossível, a menos que se verifiquem alterações ecológicas
drásticas. É o caso da brucelose, por exemplo.”
Quais as medidas de controlo?
- “Declarar
a doença ou infeção;
- Isolar
o doente ou infetado relativamente à via de transmissão e apenas durante o
período de transmissão de cada infeção;
- Vigiar
clinicamente os contactos. “
Alguns dados relativos aos casos de doenças de declaração
obrigatória notificados em Portugal
1990 2010
7.867 Indivíduos 3.132 indivíduos
Casos Notificados no ano de 1990
Fonte: INE-
DGS/MS, PORDATA
Casos Notificados no ano de 2000
Fonte: INE- DGS/MS, PORDATA
Casos Notificados em 2010
Fonte: INE- DGS/MS, PORDATA
Como podemos observar nos gráficos anteriores ouve uma diminuição significativa dos notificações de doenças de declaração obrigatória o que nos leva a concluir que as mesmas são cada vez mais controladas.
Fontes:
24 de novembro de 2013
Pequena Caracterização do Alentejo Litoral
Bem como referi anteriormente tanto a Unidade de Saúde Pública de Alcácer do Sal, como de Santiago do Cacém, pertencem à a Unidade Local de Saúde do
Alentejo Litoral (ULSLA).
A área geográfica da ULSLA é envolvida pelo Norte pela
Península de Setúbal e Alentejo Central; a Oeste pelo Oceano Atlântico; a Leste
pelo Baixo Alentejo e a Sul pelo Algarve, tendo uma área territorial de 5255,8
Km2. A área correspondente a Alcácer do Sal é de 1465,1km2 e do concelho de Santiago
do Cacém é de 1059,8 km2.
De acordo com o Census 2011, a população
do Alentejo Litoral é constituída por 97.895 habitantes, com 49,3% dos habitantes do
sexo masculino e 50,7% do sexo feminino. A população do Alentejo Litoral corresponde a 19,2%
de toda a população do Alentejo (509.741 hab). A distribuição da população do Alentejo Litoral pelos escalões etários distribuí-se da seguinte forma:
- [0-14]:12.411
- [15-24]: 9.213
- [25-64]: 52.678
- [65+]: 23.593
A densidade populacional no Alentejo é de 18,4
habitantes por Km2 (cerca de 6 vezes inferior à de Portugal
Continental – 112,8 hab/Km2). A população no Alentejo tem vindo a diminuir e a tendência é continuar a acontecer o mesmo, sendo que, juntamente verifica-se o crescimento do envelhecimento da população.
De acordo com os Census 2011, a taxa
bruta de natalidade no Alentejo Litoral é igual a 8,5 ‰ (inferior à do Continente – 9,1‰). A
esperança de vida à nascença no Alentejo tem vindo a aumentar, como no Continente.
O Alentejo Litoral apresenta um
índice de envelhecimento acentuado (em 2011 era de 190,1%)
De acordo com o Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2009, documento do INE, o PIB per
capita, no Alentejo Litoral é superior ao do Continente.
No Alentejo Litoral, em 2011, a taxa bruta de
mortalidade foi de 13,27 ‰, inferior à do Alentejo (14,16 ‰) e superior à do
Continente (9,75 ‰).
Os principais grupos de causas de morte na Região de
Saúde do Alentejo, em 2009, e para todas as idades, foram as Doenças do
Aparelho Circulatório (466,4 óbitos /100.000 hab), Tumores Malignos (276,6
óbitos /100.000 hab.) e Doenças do Aparelho Respiratório (152,7 óbitos /100.000
hab.). Para os tumores malignos, no Alentejo, a maior taxa de mortalidade
(/100.000) foi para o CCR (45,3) seguido do Cancro da Mama (38,2), Cancro do
Pulmão (32,7) e Estômago (24,8) (38).
Segundo os dados mais recentes (2009), nos grandes
grupos de causas de morte prematura (< 65 anos) são os Tumores Malignos, as
Doenças do Aparelho Circulatório e as Causas Externas de Mortalidade, as que se
destacam, enquanto que as principais causas de mortalidade específica foram as
doenças cerebrovasculares, as doenças isquémicas do coração, o tumor maligno da
traqueia, brônquios e pulmão e os acidentes de transporte (ver Quadro seguinte).
Quadro-Taxa de mortalidade padronizada (por 100 000 habitantes) na população com idade inferior a 65 anos, por grandes grupos de causas de morte, para ambos os sexos, no Continente e Região de Saúde do Alentejo, 2003-2010.
As taxas de mortalidade padronizada por grandes grupos de causas de morte, para ambos os sexos, no Alentejo, que apresentaram valores superiores aos do Continente, no período 2003-2006 foram as doenças do aparelho circulatório e as causas externas de mortalidade, quer na mortalidade prematura ( <65 anos) quer em todas as idades.
Para as causas de morte específicas, as taxas de mortalidade padronizadas, na Região de Saúde do Alentejo, que apresentaram valores superiores aos do Continente, no período 2003-2006 foram:
- Na população com idade inferior aos 65 anos: doenças isquémicas do coração, acidentes de transporte, lesões auto-provocadas intencionalmente e diabetes mellitus (nos homens e nas mulheres);
- Em todas idades: doenças isquémicas do coração, diabetes mellitus, acidentes de transporte e lesões auto-provocadas intencionalmente (nos homens e nas mulheres).
Fontes:
23 de novembro de 2013
Resumo VIII Semana
Olá novamente, desta vez irei escrever sobre a minha VIII
semana de estágio.
Ao longo desta semana como vem sido habitual concretizei
atividades em diferentes áreas, pis como:
- Vistoria a um navio;
- Vitoria a um Centro de dia situado no concelho de Santiago do Cacém;
- Vistoria a uma central de betuminosas, devido a uma queixa de ruído;
- Vistoria para abertura de um mini-mercado;
- Vistoria a um estabelecimento turístico do Concelho de Alcácer do Sal;
- Participação num curso sobre controlo de Infeção.
Devem estar a estranhar ter realizado uma vistoria no
Concelho de Alcácer do Sal, visto que é a segunda semana que me encontro na
Unidade de Saúde Pública de Santiago do Cacém, no entanto esta semana “voltei
às origens”, se assim se pode dizer, visto a Unidade de Saúde Pública de
Alcácer do Sal ter ficado sem Técnico de Saúde Ambiental, devido à mudança de
local de trabalho da minha Orientadora, um dos técnicos da Unidade de Santiago
do Cacém ficará responsável por enquanto de desenvolver o trabalho existente na
mesma, como tal, e a convite da Drª Tamara Médica de Saúde Pública na Unidade
de Alcácer do Sal, desloquei-me até à mesma para realizar a vistoria.
Assim chegamos à última semana de estágio e tenho de
confessar que já começo a sentir saudades das pessoas que me acompanharam e
principalmente do trabalho, sim isso mesmo do trabalho, pode parecer estranho,
mas acho que cresceu um GRANDE bichinho cá dentro que me fez perceber que
afinal gosto mesmo do que nós Técnicos de Saúde Ambiental (acho que já me posso
considerar como tal) fazemos.
Muito Obrigada a todos que me têm acompanhado ao longo deste
percurso, pois fizeram-me gostar de áreas que desconhecia e fizeram-me crescer
como pessoa e como profissional, ao transmitirem-me todos os vossos
conhecimentos que muito me têm valido.
Ficam algumas imagens dos lugares por onde andei esta semana.
Porto de Sines |
Pedreira Desativada |
Sanidade Marítima
Bem desta vez irei falar-vos sobre Sanidade Marítima, para reger este tema existe o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) que entrou em vigor desde 15 de junho de 2007, no que diz respeito ao ordenamento jurídico português, encontra-se disponível a publicação do Aviso nº 12/2008, in Diário da República, 1ª série nº 16, de 23 de janeiro de 2008.
As
normas sanitárias de fronteiras surgiram e estabeleceram-se no mundo desde 17 de
Janeiro de 1899 e pouco depois, no Ano de 1924, a comunidade internacional
adotou o Código Sanitário Internacional vigente até hoje, embora tenha tido
algumas modificações técnicas. Todos os postos fronteiriços em colaboração com
as autoridades Sanitárias, Aduaneiras e Policiais deverão detetar e notificar,
de acordo com o presente Regulamento os riscos de Saúde Pública, os eventos que
possam constituir emergências de Saúde Pública Internacional.
O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) tem como
função avisar para a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica e
controlo das doenças transmissíveis com perigo de dispersão internacional,
reforçar e manter as capacidades de resposta neste âmbito.
No
que diz respeito à Direção-Geral da Saúde esta é o organismo que tutela a aplicação
do Regulamento Sanitário Internacional em Portugal.
Porto de Leixões |
Os portos Portugueses autorizados a conterem serviços de
Sanidade marítima segundo o Anexo I do Regulamento Sanitário Internacional são:
o
Aveiro
o
Figueira da Foz
o
Funchal
o
Leixões
Porto de Setúbal |
o
Lisboa
o
Ponta Delgada
o
Portimão
o
Viana do Castelo
Depois de aprovada a 4ª revisão do Regulamento Sanitário Internacional pela Organização Mundial de Saúde este prevê duas áreas de
intervenção fundamentais:” a adoção de sistemas de deteção precoce, notificação
e resposta apropriada das doenças que constituam um problema de saúde pública
no contexto internacional e a implementação de procedimentos que controlem os
fatores de risco ambientais, nos portos e aeroportos internacionais.
Em 2011 foi criado o Manual de Procedimentos de Sanidade Marítima que tem como objetivos:
-- “ Dar cumprimento ao Regulamento Sanitário Internacional
(2005), no sentido de prevenir, proteger, controlar e dar resposta em termos de
saúde pública a uma propagação internacional de doenças, utilizando meios
proporcionados e limitados aos riscos de saúde pública e evitando, em
simultâneo, interferências desnecessárias com o tráfego e o comércio
internacionais.
·-- Exercer a Vigilância Epidemiológica nos portos de mar
internacionais através de:
- Deteção precoce do risco em saúde pública;
- Gestão do risco (prevenção, contenção e controlo), através da aplicação de medidas de Saúde Pública;
- Comunicação;
- Avaliação.
·-- Assegurar os requisitos mínimos a nível ambiental
garantindo boas condições higio-sanitárias aos viajantes que utilizem as
instalações portuárias, nomeadamente:
- Abastecimento de água para consumo humano e fins recreativos;
- Estabelecimentos de restauração;
- Serviços de catering;
- Instalações sanitárias públicas;
- Gabinetes médicos.
Assim como, vigilância adequada de
resíduos sólidos e líquidos, da qualidade do ar e controle de vetores e seus
reservatórios.
-- Disponibilizar pessoal especializado e treinado para
inspeção aos navios e emissão dos certificados sanitários dos navios.
O Manual de Procedimentos de Sanidade Marítima aplica-se:
·“Embarcações com fins
comerciais provenientes de portos nacionais e / ou estrangeiros que façam
escala num porto nacional designado ou autorizado;
· Sistema(s) de abastecimento de água para
consumo humano e para fins recreativos do porto e das embarcações;
· Estabelecimentos de restauração e/ou bebidas
inseridos na área geográfica dos portos e as instalações
sanitárias públicas;
· Sistemas de gestão de resíduos e outras
zonas de potencial risco;
· Outras instalações portuárias. “
No entanto excluem-se:
- “Embarcações provenientes de um porto nacional onde já tenham satisfeito os requisitos sanitários em vigor, salvo se existir alteração ao estado de saúde dos tripulantes ou passageiros;
- Embarcações de recreio, guerra, pesca local e trânsito local. “
Para que o porto possa receber o navio é necessário seguir um
determinado procedimento, este divide-se em várias fases, antes do navio entrar,
durante a estadia do navio chega e por fim para sair do porto.
§
Antes do Navio Entrar (no aviso de chegada)
Quando existir
a ocorrência de problemas de saúde a bordo, o comandante deve fazer chegar a
informação ao serviço de Sanidade Marítima (via rádio, telefone, fax, correio
eletrónico, qualquer outro meio eletrónico ou, ainda, através do agente de
navegação).
“Se no aviso
de chegada ou na Declaração Marítima de Saúde houver informação de
passageiros clandestinos, doentes ou óbitos a bordo, a Autoridade de Saúde
responsável pelo porto deve ser contactada de imediato e tomará as decisões em
conformidade com a avaliação da situação. “
A ida a bordo da Autoridade de
Saúde – Visita de Saúde – dependerá da análise do eventual risco para a
saúde pública. Esta decisão é da competência da Autoridade de Saúde.
§
Chegada do Navio
Deve ser entregues os seguintes
documentos no Serviço de Sanidade Marítima, por via eletrónica e/ou suporte
papel:
- Declaração Marítima de Saúde assinada pelo Comandante e/ou médico de bordo no caso de existir (anexo VIII do RSI) validada com o carimbo do navio (vide anexo 2);
- Lista de tripulantes;
- Lista de passageiros, se for o caso;
- Cópia do certificado sanitário do navio (anexo III do RSI) válido e emitido em porto designado/autorizado pela OMS;
- Identificação da carga transportada.
Se os
documentos pedidos forem entregues e se encontrarem em conformidade exibidos e com
as normas previstas no RSI, encontram-se reunidas as condições para o navio
poder realizar as operações portuárias.
Se os documentos não
respeitarem as condições constantes do regulamento, devem ser tomadas as
medidas necessárias para que sejam pedidos novos documentos em prazo útil, para
não atrasar as operações portuárias.
§ Durante estadia do navio
- Livre Prática
Ato que assegura
o estado sanitário do navio e permite a livre movimentação de pessoas e bens do
navio e para o mesmo, à sua chegada a um porto.
É concedida tacitamente em
todas as situações em que não exista risco para a saúde pública associado à
entrada ou saída de pessoas ou bens do navio.
A decisão de não concessão de
livre prática ou a sua suspensão é da responsabilidade da Autoridade de Saúde, devendo
ser devidamente fundamentada.
“Sempre
que a Livre Prática não seja concedida ou seja suspensa, a Autoridade de Saúde
deve informar, de imediato, por telefone, fax ou e-mail, o comandante do navio,
o capitão do porto, o agente de navegação, a Administração Portuária, a
Alfândega, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ou qualquer outra entidade
que se considere necessário, em função da especificidade da situação. Logo que
seja levantada a suspensão, a Autoridade de Saúde avisará as mesmas entidades
por telefone, fax ou correio eletrónico.”
·
- Vistorias
“Durante a estadia do navio em porto, poderá ser necessária a
realização de vistoria para verificar as condições exigidas no Certificado de
Controlo Sanitário do Navio (CCSN).
Caso o Certificado exibido se encontre caducado, haverá,
obrigatoriamente, lugar a nova vistoria.
No caso do Certificado expirar no prazo máximo de 15 dias,
poderá ser realizada vistoria para emissão de novo certificado, se solicitado e
mediante a disponibilidade do Serviço. O requerimento deverá ser entregue aos
Serviços de Sanidade Marítima com a antecedência mínima de 24h.As vistorias aos
navios deverão ter como base o documento constante do Anexo 3 do Regulamento
Sanitário Internacional.
Devem ser efetuadas vistorias ao navio sempre que haja lugar
à emissão de Certificado de Controlo Sanitário do Navio, conforme fluxograma do
anexo 3.
Devem igualmente ser efetuadas vistorias de acordo com o
programa de vigilância sanitária dos navios em cada porto e sempre que o
Serviço de Sanidade Marítima ou a Autoridade de Saúde considerem necessário
(e.g. navio com antecedentes de más condições higio-sanitárias e/ou com
recomendações de vistoria anterior não completamente satisfeitas).
Na vistoria além da verificação “in loco” das instalações haverá
lugar à análise documental. Para a realização da vistoria existe uma check list
(vide anexo 4) de apoio com descriminação dos requisitos estruturais e
documentais a analisar. A vistoria pode originar a suspensão de Livre Prática
ou a não emissão do Desembaraço Sanitário.”
Modelo de check list disponibilizado no anexo 4 do Manual de Procedimentos:
Modelo de check list disponibilizado no anexo 4 do Manual de Procedimentos:
- Certificado Controlo Sanitário do Navio/Certificado de Isenção de Controlo Sanitário do Navio (CCSN/CICSN)
“O CCSN/CICSN é o documento emitido pelo Serviço de Sanidade
Marítima que atesta as condições higio-sanitárias do navio (anexo 5 do Manual
de procedimentos).O CCSN/CICSN tem uma validade máxima de 6 meses e é pertença
do navio, pelo que não deverá nunca ser solicitada a sua apresentação no
serviço, mas sim uma cópia do mesmo quando for necessário.
O documento original deverá ser solicitado no decorrer de uma
vistoria a bordo e deverá estar em conformidade com o previsto no artigo 39 do
RSI.
No caso de deteção de não conformidades (como prorrogações
emitidas fora de validade, duplas prorrogações, certificados emitidos em portos
não autorizados, etc.) deverá ser informado o porto envolvido, bem como o Ponto
Focal Nacional, a fim de procederem em conformidade. No caso das não
conformidades serem detetadas aquando da apresentação da cópia do Certificado,
deverá ser efetuada uma vistoria e emitido um novo Certificado.”
A vigilância sanitária das instalações e equipamentos
portuários durante a sua estadia devem englobar as seguintes áreas, igualmente
previsto no Regulamento Sanitário Internacional:
- Abastecimento de água potável;
- Estabelecimentos de restauração;
- Instalações sanitárias públicas;
- Serviços de gestão apropriada de resíduos sólidos e
líquidos;
- Controlo dos vetores e dos seus reservatórios nos portos e
respetivos perímetros;
- Postos médicos na área geográfica do porto.
Modelo do Certificado de Isenção de Controlo Sanitário do Navio/Certificado de Controlo Sanitário do Navio no anexo 5 do Manual de Procedimentos:
§ Saída do Navio
- Desembaraço Sanitário
“O Desembaraço Sanitário é o documento emitido pelo Serviço
de Sanidade Marítima que atesta que o navio está em condições de largar do
porto, por não apresentar risco para a saúde pública ou para a saúde dos
passageiros e tripulantes (anexo 8).
Este documento tem validade até às 24 horas do dia seguinte à
sua emissão, mas pode ser suspenso pela Autoridade de Saúde quando se verifique
a ocorrência de qualquer situação após a sua emissão, que possa representar
risco para a saúde pública ou para a saúde dos passageiros e tripulantes.
Sempre que a Autoridade de Saúde suspenda o Desembaraço
Sanitário, deve informar, de imediato, por telefone e fax ou e-mail, o
comandante do navio, o capitão do porto, o agente de navegação, a Administração
Portuária, a Alfândega, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e qualquer outra
entidade que considere necessário, em função da especificidade da situação.
Logo que seja levantada a suspensão, a Autoridade de Saúde
avisará as mesmas entidades, igualmente por telefone e fax ou e-mail, e emitirá
novo Desembaraço Sanitário.”
O local
de estágio onde me encontro encontra-se próximo de um destes portos
autorizados, o Porto de Sines, onde estive a oportunidade de efetuar uma
vistoria a um návia de cargas que atracou no poto durante o meu estágio
curricular, por último deixarei algumas informações relativas ao Porto de
Sines.
Porto de Sines |
Estagiários de Saúde Ambiental e Médica Interna de Saúde Pública |
Técnico de Saúde Ambiental Diogo Gomes e Estágiários |
Porto de Sines
ACES do Alentejo Litoral
Rua Júlio Gomes da Silva
n.º 15 A
7520 Sines
Telef: 269 870 440/456
Fax:
269 636 012
Responsáveis
Endereço electrónico
|
|
Fernanda Santos
Autoridade de Saúde
|
fernanda.santos@alentejolitoral.min-saude.pt
|
Cláudia Oliveira
Técnica Saúde Ambiental
|
claudia.oliveira@alentejolitoral.min-saude.pt
|
Vera Ferreira
Técnica Saúde Ambiental
|
vera.assuncao@alentejolitoral.min-saude.pt
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Rosa Nunes
Técnica Saúde Ambiental
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rosa.nunes@alentejolitoral.min-saude.pt
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Diogo Gomes
Técnico de Saúde Ambiental
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diogo.gomes@alentejolitoral.min-saude.pt
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