24 de novembro de 2013

Pequena Caracterização do Alentejo Litoral

Boa tarde leitores,

  Bem como referi anteriormente tanto a Unidade de Saúde Pública de Alcácer do Sal, como de Santiago do Cacém, pertencem à a Unidade Local de Saúde do Alentejo Litoral (ULSLA).

   A área geográfica da ULSLA é envolvida pelo Norte pela Península de Setúbal e Alentejo Central; a Oeste pelo Oceano Atlântico; a Leste pelo Baixo Alentejo e a Sul pelo Algarve, tendo uma área territorial de 5255,8 Km2. A área correspondente a Alcácer do Sal é de 1465,1km2 e do concelho de Santiago do Cacém é de 1059,8 km2.


    De acordo com o Census 2011, a população do Alentejo Litoral é constituída por 97.895 habitantes, com 49,3% dos habitantes do sexo masculino e 50,7% do sexo feminino. A população do Alentejo Litoral corresponde a 19,2% de toda a população do Alentejo (509.741 hab). A distribuição da população do Alentejo Litoral pelos escalões etários distribuí-se da seguinte forma:
  •     [0-14]:12.411 
  •     [15-24]: 9.213
  •     [25-64]: 52.678
  •     [65+]: 23.593 

    A densidade populacional no Alentejo é de 18,4 habitantes por Km2 (cerca de 6 vezes inferior à de Portugal Continental – 112,8 hab/Km2). A população no Alentejo tem vindo a diminuir e a tendência é continuar a acontecer o mesmo, sendo que, juntamente verifica-se o crescimento do envelhecimento da população.

   De acordo com os Census 2011, a taxa bruta de natalidade no Alentejo Litoral é igual a 8,5 ‰ (inferior à do Continente – 9,1‰). A esperança de vida à nascença no Alentejo tem vindo a aumentar, como no Continente.

    O Alentejo Litoral apresenta um índice de envelhecimento acentuado (em 2011 era de 190,1%)
De acordo com o Anuário Estatístico da Região do Alentejo 2009, documento do INE, o PIB per capita, no Alentejo Litoral é superior ao do Continente.

   No Alentejo Litoral, em 2011, a taxa bruta de mortalidade foi de 13,27 ‰, inferior à do Alentejo (14,16 ‰) e superior à do Continente (9,75 ‰).

   Os principais grupos de causas de morte na Região de Saúde do Alentejo, em 2009, e para todas as idades, foram as Doenças do Aparelho Circulatório (466,4 óbitos /100.000 hab), Tumores Malignos (276,6 óbitos /100.000 hab.) e Doenças do Aparelho Respiratório (152,7 óbitos /100.000 hab.). Para os tumores malignos, no Alentejo, a maior taxa de mortalidade (/100.000) foi para o CCR (45,3) seguido do Cancro da Mama (38,2), Cancro do Pulmão (32,7) e Estômago (24,8) (38).

   Segundo os dados mais recentes (2009), nos grandes grupos de causas de morte prematura (< 65 anos) são os Tumores Malignos, as Doenças do Aparelho Circulatório e as Causas Externas de Mortalidade, as que se destacam, enquanto que as principais causas de mortalidade específica foram as doenças cerebrovasculares, as doenças isquémicas do coração, o tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão e os acidentes de transporte (ver Quadro seguinte).




  Quadro-Taxa de mortalidade padronizada (por 100 000 habitantes) na população com idade inferior a 65 anos, por grandes grupos de causas de morte, para ambos os sexos, no Continente e Região de Saúde do Alentejo, 2003-2010.


   



  As taxas de mortalidade padronizada por grandes grupos de causas de morte, para ambos os sexos, no Alentejo, que apresentaram valores superiores aos do Continente, no período 2003-2006 foram as doenças do aparelho circulatório e as causas externas de mortalidade, quer na mortalidade prematura ( <65 anos) quer em todas as idades. 

Para as causas de morte específicas, as taxas de mortalidade padronizadas, na Região de Saúde do Alentejo, que apresentaram valores superiores aos do Continente, no período 2003-2006 foram:


  • Na população com idade inferior aos 65 anos: doenças isquémicas do coração, acidentes de transporte, lesões auto-provocadas intencionalmente e diabetes mellitus (nos homens e nas mulheres);
  • Em todas idades: doenças isquémicas do coração, diabetes mellitus, acidentes de transporte e lesões auto-provocadas intencionalmente (nos homens e nas mulheres).



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