28 de abril de 2014

Salmonella

Olá caros leitores, desta vez irei-vos falar um pouco sobre a Salmonella.

A infeção causada pela bactéria da Salmonella tem o nome de Salmonelose.

A infeção causada pela Salmonella é transmitida aos seres humanos normalmente pela ingestão de alimentos que estejam contaminados (especialmente aves, suínos e bovinos) que não sejam bem cozinhados.

A maior parte das pessoas que são infetadas por esta bactéria tendem a desenvolver cólicas abdominais, diarreia e febre de 12 a 72 horas após a infeção. Esta normalmente tem uma duração de 4 a 7 dias e muitas vezes nem é necessário tratamento, existindo no entanto alguns casos em que é necessário a hospitalização do doente. As pessoas que têm mais probabilidades de ter a doença numa forma mais agravada são os idosos as crianças e pessoas com o sistema imune debilitado.

Segundo os dados que e encontram no CDC ( Centers fo Disease Control and Prevention) são descritos cerca de 42.000 casos de salmonelose por ano nos Estados Unidos. Existindo ainda uma percentagem de casos que não chegam a ser diagnosticados ou relatados, aumentando assim o número de casos. Existem diferentes tipos de bactérias de Salmonela, os mais cumuns nos Estados Unidos são Salmonella sorotipo Typhimurium e Salmonella Enteritidis sorotipo. Esta infeção é mais comum no verão.

Diagnóstico:
Existem muitas doenças que se manifestam com os mesmos sintomas que a Salmonelose, a confirmação que se trata de um caso de Salmonelose só é possível através de exames laboratoriais que identificam Salmonella nas fezes.

Tratamento:
A maior parte das infeções por Salmonella desaparecem entre 5 a 7 dias e não requerem nenhum tratamento específico. No caso de existir diarreia severa o paciente pode precisar de reidratação através da administração endovenosa de soro. Os casos graves, em que a infeção se propaga, devem ser tratados com antibióticos.

Algumas dicas para prevenir uma Infeção por Salmonella:
-Cozinhar bem aves, carne picada e ovos. Evitar a ingestão de alimentos que contenham ovos crus ou leite não pasteurizado;
- Lavar as ãos, superfícies de trabalho quando este é numa cozinha e os utensílios com água e detergente logo após o contato com carne crua;
- Os idosos e pessoas com o sistema imunitário debilitados e grávidas devem ter cuidado redobrado com a sua alimentação;
- Lavar bem as mãos após o contato com répteis e aves, e após o contato com fezes de animais;

- A amamentação ajuda na prevenção da salmonelose.

Existem relatos de três surtos de Salmonella em 2014:


Salmonella em Portugal:

Segundo um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde entre 2000 e 2012 os casos de Infeções por Salmonella é uma das “causas mais comuns de gastroenterite aguda em todo o mundo, apresentando elevada morbilidade e mortalidade na população em geral.”


Na seguinte tabela estão representados o número de casos de infeção por Salmonella confirmados, os principais serotipos detetados e as percentagens relativas:
Fonte: Infeções por Salmonella entérica no período entre 2000-2012


No gráfico seguinte estão representadas as percentagens de casos confirmados dos principais serotipos de Salmonella:





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21 de abril de 2014

Higiene dos Géneros Alimentícios

No início de 2000 foi criada uma abordagem pela União Europeia que se baseia na análise dos riscos e na rastreabilidade, de modo a garantir a segurança dos alimentos. Esta consiste num controlo dos produtos alimentares em todas as fases vulneráveis da sua cadeia de produção, de forma a averiguar se as regras de higiene são cumpridas.

No que diz respeito à Higiene dos géneros alimentícios contamos com o Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, neste consta a definição dos objetivos a atingir em matéria de segurança dos géneros alimentícios, ficando aos empresários do sector alimentar a responsabilidade de adotar as medidas de segurança a aplicar a fim de garantir a inocuidade dos géneros alimentícios.Este Regulamento tem como objetivo garantir a higiene dos géneros alimentícios em todas as etapas do processo de produção, desde a produção primária até à venda ao consumidor final.


No Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, na parte A, anexo I são referidas as Disposições Gerais de Higiene aplicáveis à produção primária e operações Conexas e são elas:
a)Transporte, armazenagem e manuseamento de produtos de produção primária produzidos no local de produção, desde que tal não altere substancialmente a sua natureza;  
b) Transporte de animais vivos, sempre que tal seja necessário para alcançar os objetivos do presente regulamento;
c) No caso dos produtos de origem vegetal, dos produtos da pesca e da caça selvagem, operações de transporte para entrega de produtos da produção primária cuja natureza não foi substancialmente alterada, desde o local de produção até ao estabelecimento;

No mesmo Regulamento o anexo II é referente aos empresários do sector alimentar que exercem outras atividades que não a de produção, este anexo especifica as disposições relativas:
-às instalações, incluindo locais externos;
-às condições de transporte;
-aos equipamentos;
-aos resíduos alimentares;
-à higiene pessoal dos indivíduos em contacto com os géneros alimentícios;
-aos géneros alimentícios propriamente ditos;
-ao acondicionamento e à embalagem;
-ao tratamento térmico que permite transformar determinados géneros alimentícios;
-à formação dos profissionais do sector.


O Regulamento (CE) n.º 852/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril de 2004, foi sofrendo algumas alterações, algumas delas descritas no Regulamento (CE) n.º 219/2009.

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7 de abril de 2014

Doenças de Origem Alimentar

Desta vez o tema que vos trago é a Doenças de Origem Alimentar.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma Doença de Origem Alimentar é “uma doença, geralmente de natureza infeciosa ou tóxica, provocada por agentes que entram no corpo através da ingestão de alimentos ou de água. Estima-se que, por ano, cerca de 30% da população dos países industrializados sofra deste tipo de doença.

Os sintomas mais comuns de doenças de origem alimentar são entre outros dores abdominais, vómitos e desidratação, o que torna difícil a sua identificação, pois são sintomas comuns de várias doenças.

Como principais agentes biológicos que provocam Doenças de Origem Alimentar temos as bactérias, mas também os vírus e os parasitas podem causar doenças.
A Salmonella é das bactérias que tem estado na origem da maioria dos casos de infeções alimentares, decorrentes da ingestão de ovos, animais de capoeira e outras carnes, leite cru e chocolate. Mas nos últimos anos as infeções por Campylobacter jejuni   (presente em leite cru, animais de capoeira crus ou mal cozinhados, e em água de consumo) tem aumentado.
Quanto aos vírus os mais frequentes são os da hepatite A e da hepatite E, os rotavírus (principal causa de diarreia infantil) e os vírus da família Norwalk (que provocam gastroenterites).
Relativamente aos parasitas que poderão causar Doenças de Origem Alimentar temos Giardia  lamblia, G. intestinalis
As doenças de origem alimentar constituem um problema de saúde pública.

 Principais causas das doenças de origem alimentar:

 -Utilização de ingredientes contaminados em refeições preparadas incorretamente·
-Tratamento térmico defeituoso ou arrefecimento inadequado dos alimentos;
-Preparação das refeições com uma antecedência excessiva;
-Emprego incorreto de restos de comida;
-Contaminação por pessoas infetadas;
-Contaminação Cruzada

Existem algumas regras que podem ser tomadas para minimizar o risco de contrair Doenças de Origem Alimentar:

“-Manter os alimentos isentos de agentes patogénicos
 -Criar condições para que os microrganismos não se multipliquem
-Conseguir condições de cozedura que eliminem os microrganismos”

Outras regras:

“- Lavar as mãos, utensílios e superfícies com água quente e detergente antes e depois da preparação de alimentos, especialmente depois de preparar carne, aves, ovos e peixe.
-Os vegetais devem ser bem lavados em água corrente antes de serem consumidos.
-Manter a carne, aves, ovos e peixe ou marisco crus, e os respetivos sucos, longe dos alimentos prontos a comer.
-Nunca pôr alimentos cozinhados em pratos previamente utilizados para carne, aves, ovos ou peixe e mariscos crus
-Cozinhar os alimentos de modo a garantir que no seu interior se alcance uma temperatura de 75ºC. Uma vez que a existência de termómetros que permitam medir a temperatura no interior dos alimentos não é frequente, deve-se obedecer aos seguintes princípios: as carnes de animais de capoeira, porco e picada devem-se comer sempre bem passadas; as restantes devem-se comer bem ou mediamente passadas, mas nunca cruas; os ovos devem ser cozinhados até que as claras e as gemas estejam duras. Quando o molho de um assado não se encontra claro (se está sanguinolento ou rosado) é uma indicação de que não se atingiu a temperatura de 75ºC no seu interior.
- Aquecer os alimentos que tenham sido previamente preparados até à emissão de vapores ou à ebulição, consoante o caso.
-A maioria das bactérias cresce bem entre 5 e 60ºC. Como tal, não se devem deixar os alimentos perecíveis, os alimentos prontos a comer ou os restos de comida, à temperatura ambiente por períodos superiores a duas horas. Como alternativas para conservação têm-se a refrigeração (a temperaturas inferiores a 4ºC) e a congelação ou, no caso dos pratos prontos a comer, a manutenção a 60ºC.
-Os alimentos devem ser descongelados no frigorífico ou no micro-ondas, e nunca à temperatura ambiente.”
 Fonte : Segurança Alimentar - ASAE


Lista de algumas das Doenças de origem alimentar:               

Botulismo
Brucelose
Clostridium botulinum(botulismo)
E.coli
Leptospirose
Listeriose
Salmonelose
Toxoplasmose
Febre Tifóide

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