7 de abril de 2014

Doenças de Origem Alimentar

Desta vez o tema que vos trago é a Doenças de Origem Alimentar.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma Doença de Origem Alimentar é “uma doença, geralmente de natureza infeciosa ou tóxica, provocada por agentes que entram no corpo através da ingestão de alimentos ou de água. Estima-se que, por ano, cerca de 30% da população dos países industrializados sofra deste tipo de doença.

Os sintomas mais comuns de doenças de origem alimentar são entre outros dores abdominais, vómitos e desidratação, o que torna difícil a sua identificação, pois são sintomas comuns de várias doenças.

Como principais agentes biológicos que provocam Doenças de Origem Alimentar temos as bactérias, mas também os vírus e os parasitas podem causar doenças.
A Salmonella é das bactérias que tem estado na origem da maioria dos casos de infeções alimentares, decorrentes da ingestão de ovos, animais de capoeira e outras carnes, leite cru e chocolate. Mas nos últimos anos as infeções por Campylobacter jejuni   (presente em leite cru, animais de capoeira crus ou mal cozinhados, e em água de consumo) tem aumentado.
Quanto aos vírus os mais frequentes são os da hepatite A e da hepatite E, os rotavírus (principal causa de diarreia infantil) e os vírus da família Norwalk (que provocam gastroenterites).
Relativamente aos parasitas que poderão causar Doenças de Origem Alimentar temos Giardia  lamblia, G. intestinalis
As doenças de origem alimentar constituem um problema de saúde pública.

 Principais causas das doenças de origem alimentar:

 -Utilização de ingredientes contaminados em refeições preparadas incorretamente·
-Tratamento térmico defeituoso ou arrefecimento inadequado dos alimentos;
-Preparação das refeições com uma antecedência excessiva;
-Emprego incorreto de restos de comida;
-Contaminação por pessoas infetadas;
-Contaminação Cruzada

Existem algumas regras que podem ser tomadas para minimizar o risco de contrair Doenças de Origem Alimentar:

“-Manter os alimentos isentos de agentes patogénicos
 -Criar condições para que os microrganismos não se multipliquem
-Conseguir condições de cozedura que eliminem os microrganismos”

Outras regras:

“- Lavar as mãos, utensílios e superfícies com água quente e detergente antes e depois da preparação de alimentos, especialmente depois de preparar carne, aves, ovos e peixe.
-Os vegetais devem ser bem lavados em água corrente antes de serem consumidos.
-Manter a carne, aves, ovos e peixe ou marisco crus, e os respetivos sucos, longe dos alimentos prontos a comer.
-Nunca pôr alimentos cozinhados em pratos previamente utilizados para carne, aves, ovos ou peixe e mariscos crus
-Cozinhar os alimentos de modo a garantir que no seu interior se alcance uma temperatura de 75ºC. Uma vez que a existência de termómetros que permitam medir a temperatura no interior dos alimentos não é frequente, deve-se obedecer aos seguintes princípios: as carnes de animais de capoeira, porco e picada devem-se comer sempre bem passadas; as restantes devem-se comer bem ou mediamente passadas, mas nunca cruas; os ovos devem ser cozinhados até que as claras e as gemas estejam duras. Quando o molho de um assado não se encontra claro (se está sanguinolento ou rosado) é uma indicação de que não se atingiu a temperatura de 75ºC no seu interior.
- Aquecer os alimentos que tenham sido previamente preparados até à emissão de vapores ou à ebulição, consoante o caso.
-A maioria das bactérias cresce bem entre 5 e 60ºC. Como tal, não se devem deixar os alimentos perecíveis, os alimentos prontos a comer ou os restos de comida, à temperatura ambiente por períodos superiores a duas horas. Como alternativas para conservação têm-se a refrigeração (a temperaturas inferiores a 4ºC) e a congelação ou, no caso dos pratos prontos a comer, a manutenção a 60ºC.
-Os alimentos devem ser descongelados no frigorífico ou no micro-ondas, e nunca à temperatura ambiente.”
 Fonte : Segurança Alimentar - ASAE


Lista de algumas das Doenças de origem alimentar:               

Botulismo
Brucelose
Clostridium botulinum(botulismo)
E.coli
Leptospirose
Listeriose
Salmonelose
Toxoplasmose
Febre Tifóide

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